Temporada 2006 da Fórmula 1 acabou ontem. Felipe Massa venceu com a categoria com a qual Ayrton Senna nos acostumou. E eu, que o achava um piloto apenas mediano, calo minha boca agora. Alias, da metade da temporada até agora, ele se comportou como um campeão.
Alonso, para variar, fez o feijão com a arroz que precisava para ser bicampeão. Merecidos parabéns para ele e sua equipe.
Foi interessante ver no pódio aqueles que devem ser os protagonistas do campeonato de 2007.
Barrichello, que no início do ano prometia lutar pela taça, decepcionou. E eu calo minha boca novamente, pois achava que desta vez ele deslancharia como piloto de ponta. Agora desisto.
Mas ontem o dia foi histórico por outro motivo. Nos últimos 15 anos pôde-se ver um piloto sem igual, cujo profissionalismo e amor pela velocidade lhe rendeu 7 títulos mundiais, 91 vitórias, 68 pole positions, dentre outros recordes.
Eu nunca torci por ele. Talvez porque sempre torcia para Barrichello. Mas de uns tempos pra cá, percebi que Barrichello já teve seu auge e que Schumacher é realmente um piloto que merece admiração.
E para aqueles que acham que a Fórmula 1 vai ficar ser competitiva com sua aposentadoria, deixo aqui uma frase que o próprio Schumacher disse quando lhe foi feita esta pergunta aqui mesmo, no Brasil, há 2 dias.
"Eu dei competitividade a esta categoria." E é verdade.
A Fórmula 1 sobreviverá a sua aposentadoria, como sobreviveu com a saída trágica de Senna, Gilles Villeneuve e tantos outros. Mas a categoria nunca mais será a mesma, isto é verdade.
Schumacher foi único e foi um privilégio poder assistir pilotagens magníficas, como a de ontem, durante 15 anos.
Um adeus também ao sempre batalhador Jacques Villeneuve, que foi posto de lado pela BMW Sauber. Ele também deixará saudades, ao contrário de Montoya, quem também desistiu da Fórmula 1.
Acho que daqui pra frente, vou colecionar miniaturas do Schumacher.